Para inaugurar esta nova rubrica, o PortugalSub esteve “À conversa com” José Sousa, 59 anos de idade, Pescador Submarino com mais de 40 anos de histórias para contar, membro acarinhado da comunidade de Pesca Submarina e Apneia e actualmente Presidente da Direcção da Associação Portuguesa de Pesca Submarina e Apneia (APPSA).
Como e quando começou a história do José Sousa na Pesca Submarina?
Já lá vão muitos anos – eu tinha apenas 14 anos quando peguei, pela primeira vez, numa espingarda submarina, vesti um fato do meu tio Andrade e Silva e, dentro do antigo porto de abrigo de Sesimbra, apanhei duas sarguetas. Não imaginava, tão-pouco o meu tio que me inspirou, que essa singela experiência de trinta ou quarenta minutos havia de escrever a minha vida. Durante muitos anos, de facto, a caça submarina marcou a agenda da minha vida!
Qual, quando, e como decorreu a sua primeira prova oficial na modalidade?
Já não recordo o ano, mas lembro-me muito bem dessa prova, que foi ganha pelo Jorge Gabado, o Jorginho! Foi um campeonato de principiantes que decorreu na Ilha do Pessegueiro, em Sines. Das instalações da FPAS, na época no Campo Pequeno, saiu de manhã cedo um autocarro com os atletas da zona de Lisboa rumo ao Pessegueiro; eu ia nesse autocarro e representei o Clube Naval de Sesimbra! A entrada na água foi pela praia, o mar estava bom e o dia óptimo, eu apanhei muitos sargos, mas foram poucos os que pesaram. Como estreia, não foi muito auspiciosa!…
Qual foi o ponto alto da sua carreira de competição que considera ter atingido?
Eu ganhei alguns torneios, fui campeão nacional de «triplas» e campeão nacional por clubes. Mas destaco o meu triunfo no primeiro Troféu de Lagos, porque, ainda hoje, é a prova que detém o recorde de competidores dentro de água – mais de cem! Se a memória não me atraiçoa, a prova decorreu em época invernal nas imediações da Praia da Luz; estava frio, o mar encrespado e quase não havia peixe. Era uma prova de paciência e de resistência! Mas eu tinha estado uns dias antes no Brasil a caçar com o campeão brasileiro Paulo Sérgio e sentia-me em forma, isto num momento em que quase todos os meus companheiros sentiam a falta de água. Isso fez a diferença e eu ganhei com quatro peixes! Nunca mais voltei a ganhar com tão pouco!
Calculamos que à semelhança de todos os jovens, o José teve os seus ídolos na Pesca Submarina, quais foram eles? Teve a oportunidade de se cruzar com algum deles? Se sim, como foi esse encontro?
Entre portas venerava o António Bessone Basto, um fora-de-série para a época, acreditado então como um dos melhores caçadores submarinos do Mundo; lá fora o Pepe Amengual era o meu ídolo número um e hoje, estou convencido disso, foi o melhor caçador submarino que o mundo já conheceu. Quis a circunstâncias que conhecesse e convivesse pessoalmente, não só com estes dois atletas, como com muitos outros que marcaram uma época de ouro da caça submarina e que farão sempre parte da sua história. Noguera, Mazzari, Esclapez, Molteni, Toschi, Martinuzzi, Marc Valentin, Carbonel, Isidro Gordo, enfim, conheci-os todos pessoalmente, com uns convivi mais, com outros menos, mas de todos guardo boas recordações e momentos de partilha.
Qual é a técnica de pesca que que o José se sente mais confortável a executar?
Não é tanto uma questão de conforto mas de oportunidade. Gosto imenso de caçar ao buraco – houve tempo que até me chamavam buraqueiro! Mas adoro procurar o peixe pelo fundo em água livre, e já consumi muitas horas e dias caçando no azul; talvez na espuma seja o local onde me sinto menos confortável.
Qual é a espécie de peixe preferida do José para capturar e porquê?
Meros, pargos-lucianos, pargos, lírios ou wahoos, todos me suscitam um encanto enorme. Também aqui é uma questão de oportunidade, que depende do local onde me encontro. Mas, se me fosse possível contabilizar o peixe que já apanhei, os sargos apareceriam no primeiro lugar do pódio, não porque se tratem dos meus peixes preferidos, mas porque, mais uma vez, a ocasião faz o ladrão, e a nossa costa, como se sabe é muita rica nesta espécie.
Qual a profundidade máxima que já pescou e qual a que se sente melhor a pescar?
A profundidade máxima a que já pesquei terá sido algures nos Açores e em São Tomé; aos quarenta e cinco anos ainda pescava em cotas próximas dos trinta metros embora em ocasiões muito pontuais; nunca fui um profundista, nunca quis seguir o culto da profundidade e só por manifesta necessidade descia abaixo dos vinte e cinco metros. Ainda hoje e isto é muito curioso, desço bem sem grande dificuldade, não obstante estar por largos períodos sem caçar; lembro-me das palavras de Esclapez quando um dia me disse que tinha sempre um bocadinho de forma. Deve ser isso que eu sinto quando estou dois ou três meses sem mergulhar e, surpreendentemente, me deparo com uma apneia generosa e sem esforço.
Com que frequência pratica a Pesca Submarina no seu dia a dia?
Com os anos e o aparecimento de outros hobies, cada vez caço menos. Não sinto que tenha perdido condição física para ainda executar bem a caça submarina, mas perdi aquela impulsividade que me levava para o mar estivesse ele bom ou mau. Tornei-me comodista e hoje, para trocar um dia de golfe ou de pesca à linha por um dia de caça submarina, o mar tem de estar muito bom, a água deve estar muito limpa, e o sol tem de ser generoso. Ora, mesmo no Verão não há muitos dias destes na nossa costa; mas quando há, é debaixo de água que eu quero estar!
O José já publicou alguns livros em redor da temática da Pesca Submarina, quais são os livros e o que o levou a escrever-los?
No âmbito da caça submarina apenas publiquei dois livros: A Caça Submarina de Ontem e de Hoje e O Mundo a Cem Pés. Enquanto o primeiro se traduziu num projecto pouco arrojado e tinha por objectivo deixar alguns conselhos a quem se estava a iniciar, já O Mundo a Cem Pés compila uma parte do meu percurso submarinista. Eu transformei-me numa espécie de Globtrotter da caça submarina e dei uma volta ao mundo atrás dos grandes peixes; este percurso, naturalmente, acabou por suscitar histórias muito curiosas e o livro não é mais que uma selecção dessas histórias, que começam na nossa costa vicentina e vão até Timor. Sempre gostei de escrever, sempre gostei de partilhar as minhas histórias; terei sido, conjuntamente com o António Luiz Pacheco, quem mais escreveu em Portugal sobre caça submarina, contribuindo muito para a sua divulgação; jornais, passei por eles todos! Revistas, foram também muitas. Contam-se por centenas os artigos que escrevi sobre a nossa modalidade. A escrita está-me no sangue e os livros são o corolário dessa sanguinidade.
No seu último livro, “O Mundo a Cem Pés”, o José relata diversas experiências vividas na Pesca Submarina, durante as suas viagens pelo Mundo. O José sente que este livro teve a receptividade do público como imaginou enquanto o escrevia?
Eu demorei meia-dúzia de anos para escoar metade da edição que nem foi grande. Achei que uma comunidade de catorze mil praticantes poderia absorver rapidamente a edição e enganei-me! Vou ter livros em stock até ao fim da minha vida. Existem cerca de mil e quinhentos exemplares em casa dos nossos companheiros, o que corresponde a uma cobertura de dez por cento do universo. Num país onde não se lêem jornais e se lêem poucos livros, a colocação de O Mundo a Cem Pés até benefecia de um rácio interessante. Mas esta é a conclusão a que cheguei quando já não podia remediar nada!
Conte-nos um pouco da história da sua maior captura até aos dias de hoje.
Depois de quarenta e cinco anos de caça submarina já não consigo eleger essa captura. Foram tantas!… Mas recordo com muito carinho histórico um dia em que capturei quatro peixes: um mero de trinta e quatro quilos, um lírio de quarenta e cinco, outro de vinte e dois, e outro de dezoito – uma caçada muito bonita! Já apanhei dezenas de peixes com várias dezenas de quilos cada um, e cada um desses peixes vale por um momento que é diferente do outro.
De todos os sítios no mundo em que já pescou, qual foi o sítio onde mais gostou de pescar e porquê?
O sul de Angola tem para mim um fascínio especial! Não é o local mais bonito do mundo onde pesquei. Se tivesse de eleger esse local, o meu voto ía para Timor: uma paisagem fantástica, um mar de sonho, uma enciclopédia de corais e esponjas. O sul de Angola, consoante a sensibilidade de cada um, pode ser feio ou encantador: a paisagem é agreste e árida, o deserto do Namibe domina o cenário, a natureza não parece generosa. No entanto, os planos de água e as baías enquadradas nas falésias de saibro são de uma beleza enorme; e o mar, cuja água nem sempre tem a limpidez aceitável e a serenidade que desejamos, esconde uns peixes fabulosos. É aqui que reside o meu encantamento: poder encontrar e dar caça a peixes jurássicos de tamanho XXL em pleno século vinte e um! Não conheço outro local do mundo com tão grande potencial para a caça submarina, embora isso também decorra, com certeza, do facto de não conhecer o mundo inteiro!
O José actualmente é Presidente da Direcção da Associação Portuguesa de Pesca Submarina e Apneia (APPSA) e fez parte da sua comissão instaladora em 2007, pode-nos contar um pouco mais sobre o surgimento da APPSA e os seus objectivos?
A APPSA surgiu num momento em que a comunidade sentia cada vez mais a necessidade de se defender, diante de um conjunto de factos que estavam a acontecer e que conflituavam com a prática da modalidade, bem como com os interesses dos seus praticantes. Esta mesma comunidade não sentia que os seus interesses estavam a ser acautelados pela então direcção da FPAS, sucessivamente ignorada pelas instâncias oficiais que regulavam a modalidade. Esta inépcia federativa contribuía para um vazio na defesa dos interesses da nossa actividade e alguma coisa tinha de ser feita! Foi esta a motivação do grupo fundador da APPSA: associar-se formalmente para poder representar os interesses dos respectivos praticantes, insinuando-se junto dos agentes reguladores, junto do poder político, negociar com eles, dizer-lhes o que era a caça submarina, como era praticada, o que significava em termos de capturas, e estancar aquela avançada napoleónica que à época se abatia sobre a modalidade.
Qual foi o papel da APPSA nas revisões da legislação da Pesca Lúdica, especialmente na Pesca Submarina, do continente e Regiões Autónomas (do continente em 2013/2014 e Açores e Madeira actualmente)?
O papel da APPSA foi de primeira linha e, de todas as associações presentes nas mais de doze reuniões com o regulador, terá sido a que mais interviu e a que consegui os melhores resultados. Foram, como disse, mais de doze reuniões, algumas de dia inteiro, que serviram para construir um texto regulador mais amigo do caçador submarino, mais justo. Se é suposto poder resumir o resultado final dessa maratona de trabalho, saímos de lá com as licenças a custarem-nos menos dinheiro e a podermos apanhar mais peixe; mas outros bons resultados foram conseguidos! Fomos convidados formalmente pela DGRM para participarmos nestes trabalhos, uma boa prática que não era seguida no passado quando a APPSA não existia; simplesmente o regulador ignorava os então representantes da modalidade! Eu recordo que a direcção da APPSA conseguiu reunir «n» vezes com o poder político, com representantes de todos os partidos políticos com assento na bancada parlamentar, com o ICNB, com secretários de Estado, com representantes de instituições que de forma directa ou indirecta regulavam a actividade, com Ong´s, enfim, reunimos com tanta gente e sempre com o objectivo pedagógico de ensinar o que era a caça submarina. Alguns dos políticos que nos receberam estavam convencidos de que era «uma coisa» praticada com «botijas de oxigénio»! O paradigma muda a partir do momento em que um novo diploma refere expressamente no seu preâmbulo que a pesca submarina é uma actividade sustentável, selectiva e amiga do ambiente – era o próprio regulador a reconhê-lo! Mas para que ele chegasse a este convencimento, houve muito trabalho de sapa da APPSA. Já quanto às ilhas a nossa intervenção é limitada pela distância e pelos nossos recursos. Na medida do possível temos assessorado e os nossos delegados regionais para tentarem o melhor que puderem nas suas diligências junto das autoridades reguladoras; aqui os méritos pertencem-lhe por inteiro!
A APPSA teve um leve crescimento nos últimos anos, mas para alguns pescadores submarinos esta continua a ser uma entidade um pouco afastada dos mesmos, qual a opinião do José relativamente a esta ideia e o que pode estar a causar esta ideia?
Eu sempre disse e repito que a APPSA será o que a comunidade quiser que seja. Pode ser uma grande associação, ou pode ser pequenina. A sua existência e continuidade só se justificará se dispuser de uma base de apoio que legitime a sua intervenção. Para que serve uma associação que não tem associados? Podemos cair num círculo vicioso em que a APPSA é pequenina porque tem poucos associados, e estes se mantêm poucos porque a APPSA é pequenina, ou optar por um cículo virtuoso em que a APPSA cresce porque tem cada vez mais associados e estes são cada vez mais porque a dimensão da APPSA é cada vez maior. A escolha é da comunidade!
Na opinião do José, o que falta para que a APPSA ganhe ainda mais “voz” junto das entidades oficiais?
A APPSA tem uma capacidade de insinuação junto das entidades oficiais que extravasa em muito a sua dimensão; esta é a verdade!
Pedía-mos ao José para fazer uma retrospetiva dos últimos anos como Presidente da Direcção da APPSA.
Nós passámos muito tempo e gastámos muita energia para branquear a reputação que a caça submarina gozava quando criámos a APPSA. Posso dizer que mais de cinquenta por cento do nosso tempo foi utilizado neste objectivo. Num momento da vida da nossa Associação também me apercebi que muito havia a fazer para pôr a casa em ordem: com efeito a desordem tinha-se instalado na área administrativa e era importante recuperar o controlo das contas, das quotas, da emissão dos cartões, da correspondência, etc. Nessa altura descobri que apenas três associados tinham a sua quota em dia e no banco havia meia-dúzia de euros. Três meses depois tudo estava em ordem e hoje caminhamos finalmente em velocidade de cruzeiro, com cerca de quinhentos associados e metade com as quotas em dia. Temos recursos financeiros pequenos mas suficientes para equilibrar a nossa actividade, e o nosso cash flow vem subindo de ano para ano. É claro que alguns de nós na direcção continuamos a financiar pro bono a Associação; coisas pequenas, é certo, mas que, no seu conjunto e no final do ano acabam por reduzir substancialmente os custos com o exercício.
Na opinião do José, em que factores pode a APPSA melhorar nos próximos anos?
Eu gostaria que essa melhoria passasse pela consolidação da sua base de legitimação, ou seja…mais associados!
Com mais de 30 anos de Pesca Submarina, como o José compararia a modalidade à 30 anos com os dias de hoje?
Há trinta anos a caça submarina era muito mais romântica, no sentido em que nos sentíamos verdadeiramente livres quando a fazíamos. Íamos para a Arrifana, para o Castelejo, para a Carrapateira e não se via ninguém; ninguém aparecia para nos fiscalizar, não havia áreas marinhas protegidas, muito menos reservas, e as nossas embarcações eram cavalos selvagens sem restrições e constrangimentos. Enfiávamos o jipe na areia da praia e levávamos o nosso barco até à água. Não havia limites de capturas e o que cada um apanhava era apenas regulado pelo seu bom senso. Hoje, tudo mudou! Obviamente tinha de mudar e a nossa consciência ética e ontológica entende a necessidade de conformar a prática da actividade com a necessidade de proteger os recursos e os ecossistemas. Mas, em minha opinião, ter-se-á ido longe de mais e hoje somos muito castigados por uma teia de diplomas legais que impõe constrangimentos em sede de regulação da pesca lúdica, da pesca submarina, da naútica de recreio, dos planos de ordenamento da costa marítima, das áreas marinhas protegidas, etc. Quase temos de levar uma chek-list para o mar, para sabermos o que podemos fazer e o que não podemos. Hoje, não me sinto livre a fazer caça submarina e este sentimento, oposto ao que sentia há trinta anos, consubstancia a grande diferença entre a prática dessa época e a de hoje.
Como vê o José o panorama actual e futuro da Pesca Submarina em Portugal?
Se há uns anos via o futuro da pesca submarina com muito pessimismo, hoje estou bastante mais optimista apesar daquele encanto que todos nós, os mais antigos, perdemos e não voltaremos a recuperar. Mas hoje a caça submarina goza de uma boa imagem e há a consciência de que se trata da forma de pescar mais sustentável e a que menos pesca em termos de quantidade. A regulação é um processo dialéctico que tendencialmente se ajusta à consciência ético-jurídica do momento: hoje regula-se aqui, amanhã desregulamenta-se ali, é a vida! E a caça submarina, como tudo, sofrerá mutações na sua prática, umas libertadoras, outras penalizadoras, mas não acabará. Quero acreditar nisto!
Na opinião do José, temos bons pescadores submarinos em Portugal em bom número?
Com certeza que temos, tivémos e teremos bons caçadores. Temos campeões do mundo e da Europa – a que mais podemos ansiar?
Qual o principal problema, pelo ponto de vista do José, que impede o surgimento de mais jovens no circuito competitivo, que garantam a continuidade do mesmo?
Não me parece que a tão propalada crise financeira em que o nosso país já vive há uns anos, por si só possa explicar um menor interesse da comunidade em torno das competições. No meu tempo, alguns de nós que competiam tinham um sentimento controverso pelas competições: se o mar não era bom, que chatice ter de ir para dentro de água com a certeza antecipada de que as capturas seríam mínimas e os problemas muitos! Se o mar era bom na costa ocidental, que chatice termos de ir competir para Sesimbra nesse dia!… Era assim. Eu penso que hoje, se há menos gente a competir, é porque a comunidade também diminuiu; e se diminuiu é porque se tornou menos apelativa a sua prática, constrangida por uma regulação que, apesar de já ter sido pior, é ainda muito limitativa, particularmente para aqueles que residem na área da capital, afastados de Sesimbra, onde cinquenta e quatro quilómetros de costa foram interditos.
Qual a opinião do José relativamente às condições disponíveis aos pescadores submarinos, que temos em Portugal, quando comparamos com Espanha, por exemplo?
Como tudo na vida, as condições são sempre aquelas que o país pode disponibilizar. E Espanha tem e terá sempre incomensuravelmente mais recursos que nós. Os seus praticantes terão por isso a sua vida sempre mais facilitada que os nossos companheiros portugueses.
Na sua opinião, qual é a principal qualidade que faz um bom Pescador Submarino?
Para além de uma certa aptidão nata para a prática das actividades subaquáticas, uma boa condição física, inteligência e sentido de responsabilidade são fundamentais. A aptidão ou se tem ou não, ponto final; sem uma boa condição física é impossível ter sucesso num desporto duríssimo e exigente como é a caça submarina; inteligência para perceber e interagir com o mundo submarino, com as vicissitudes do mar e os seus humores; sentido de responsabilidade para perceber até onde pode ir e quando renunciar.
Que conselhos e mensagem o José gostaria de transmitir a quem está a começar a Pesca Submarina?
Que não há um único peixe em todo o planeta que mereça uma vida humana; a caça submarina é um processo contínuo de aprendizagem – ninguém em momento algum sabe tudo! Contenção, humildade e bom senso.
A equipa do PortugalSub agradece ao José a disponibilidade para nos dar a conhecer um pouco mais de si e da sua ligação a esta modalidade de todos nós. Obrigado José Sousa.