Cerca de 100 pessoas foram envenenadas em Espanha nos últimos seis anos pela ingestão de peixes contaminados com Ciguatera

Entre 2008 e 2014 foram detectados, em Espanha, 11 surtos de envenenamento por Ciguatera relacionados com a ingestão de peixes que habitam ou comem nos recifes de coral. Estes 11 surtos resultaram em 96 pessoas envenenadas nas ilhas Canárias, como informado, esta terça-feira, pelo Ministério da Saúde, Serviços Sociais e Igualdade.

Estima-se que a incidência destes casos poderá ser maior no resto da Europa do que os valores registados em Espanha. Esta estimativa resulta do facto de que na maioria dos estados membros, estes não são obrigados a informar os sistemas de vigilância epidemiológica sobre ocorrências deste tipo. Tanto nas ilhas Canárias como no arquipélago da Madeira, é obrigatório o reporte, assim como também é controlado e limitado o consumo de determinadas espécies de peixes conhecidas por serem susceptíveis de estarem envenenadas, como é o caso dos lírios (Seriola spp.) que já foram causadores de problemas deste tipo tanto nas Canárias como na Madeira.

Na tentativa de erradicar estes envenenamentos, a directora da Agência Espanhola para o Consumo, Segurança Alimentar e Nutrição (Aecosan), Teresa Robledo, assinou um acordo de parceria com com a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA), que visa determinar o risco de intoxicação alimentar por Ciguatera nos países Europeus, liderado por Espanha.

Os sintomas resultantes de uma intoxicação por esta toxina podem ser manifestações gastrointestinais, como dor abdominal, diarreia, náuseas e vómitos, também cãibras, formigueiros, dores musculares, fadiga e até mesmo taquicardia cardiovascular e hipotensão.

Fonte: comopeces

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