O Regresso

À medida que o dia de ontem caminhava para o seu final, cerca das 23:50 hora de Lisboa, o voo A3 6681 da Aegean Airlines tocou a pista 03/21 do aeroporto Humberto Delgado transportando consigo os seis atletas que mais prenderam a atenção da comunidade Portuguesa de Pesca Submarina nesta última semana de emoções fortes.

Com a aeronave já em segurança, o sinal sonoro dos cintos de segurança soa e João Guerreiro, Jody Lot, André Domingues, Paulo Silva, Pedro Domingues e Matthias Sandeck partem à recolha da bagagem que apesar de não estar pesada de troféus, veio repleta de tristeza por não ter sido possível dar a Portugal algo mais, mesmo quando foi dado o que tinham e o que não tinham roçando por vezes os limites, e de orgulho por sempre rejeitarem a palavra desistir enquanto houve minutos e segundos disponíveis para fazerem a diferença.

Com a bagagem acomodada nos carrinhos de aeroporto, os seis atletas com ar cansado, desiludido mas bem-dispostos, dirigiram-se para a porta das chegadas imaginando o que os esperava para lá daquela fronteira fortemente vigiada que dá acesso à zona pública do aeroporto. Ao pisarem a rampa bifurcada de acesso à zona de chegadas do aeroporto de Lisboa, têm para os receber, agradecer e saudar, para além dos familiares, um punhado de, acima de tudo, entusiastas desta modalidade sem bola. Entre os poucos que se faziam ouvir na zona de chegadas, destacam-se os representantes de entidades oficiais, como é o caso de Pedro Santos da Associação Portuguesa de Pesca Submarina e Apneia (APPSA) e Francisco Oliveira da Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas (FPAS).

chegadaSyros2016

As primeira palavras que se puderam ouvir por parte de Paulo Silva, capitão desta comitiva à Grécia, assim que os atletas se juntaram aos presentes resumiu-se a “…desculpem-nos, mas não conseguimos fazer mais…“, ao qual prontamente os presentes negaram o pedido, retribuindo agradecimentos pelo esforço e dedicação dos seis atletas face às condições que enfrentaram.

A madrugada já se ia alongando e depois da troca de vivências dos atletas com os presentes e de mais umas palavras de agradecimento aos atletas, desta vez em nome da FPAS, acomodaram-se as bagagens e houve tempo para mais uma ronda de cumprimentos antes dos atletas rumarem a casa, pois para alguns ainda haviam muitos kms para fazer antes da tão desejada chegada a casa para o merecido descanso.

Chega assim ao fim esta epopeia Grega e agora é hora de dar início à preparação do próximo mundial, já em 2018 em Sagres, Portugal.

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