Rescaldo do Campeonato Nacional de Triplas 2017 e Open de Triplas António Bessone Bastos

No dia seguinte ao 4º Atlantic International Master, domingo dia 8 de Outubro, decorreram duas provas em simultâneo, o Campeonato Nacional de Triplas 2017 e o Open de Triplas – Cidade de Oeiras, António Bessone Bastos.

O Campeonato Nacional de Triplas 2017, era uma prova restrita a atletas federados na Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas (FPAS) na modalidade de triplas, ou seja, prova com apoio de embarcação, composta por três atletas onde somente podem estar dois simultaneamente na água até 25 metros de distância da bóia de sinalização. Os limites de capturas e pesos são os mesmos do regulamento utilizado para o Campeonato Nacional, com a diferença que os três atletas actuam como se fossem um só.

Na prova Open de Triplas, os regulamentos são similares aos anteriores, com a diferença que é na modalidade Open, ou seja, não está restrita a atletas federados permitindo assim qualquer tripla participar. Nesta competição, para além das triplas que participam no Nacional de Triplas, também participou uma tripla Espanhola, uma mista, Espanhola e Portuguesa, uma Neozelandesa e outras Portuguesas não federadas, num total de 10 triplas, 30 atletas. Estas provas na modalidade Open, têm um factor positivo pois possibilitam, em muitos casos, um primeiro contacto com a vertente da competição na modalidade.

Pelas oito horas da manhã, os atletas participantes nas provas foram-se concentrando na Marina de Oeiras e iniciaram a preparação da logística para a realização das mesmas. De seguida, os atletas reuniram-se com a FPAS e foi realizado o já tradicional briefing, após a entrega das etiquetas de prova e dos respectivos enfiões, para se dissipar algumas das dúvidas sobre o regulamento que ainda pudessem existir e apresentar o mesmo aos atletas estrangeiros presentes. Após ser passada a palavra ao homenageado do dia, António Bessone Bastos, este reforçou a união de todos em prol da modalidade que muito tem sido prejudicada ao longo da sua história. Após estas palavras, os atletas foram-se equipar para partirem para o ponto de encontro na zona de prova B, entre a Marina de Cascais e o Cabo Raso.

Chegados ao ponto de encontro, nas imediações do Raio Verde, foram entregues as etiquetas à embarcação da FPAS e às 10:15 foi dado o sinal de início de prova, onde cada embarcação de cada tripla, rumou em direcção à sua estratégia para as próximas 5 horas.

Com águas verdes a apresentarem, em média, visibilidades de 2 metros, alguma força na borda e temperaturas a rondar os 15 e 16 graus centígrados, verificou-se alguma escassez de peixe o que antevia uma prova dura para a maioria das triplas. Com o avançar das horas, barco para trás barco para a frente à procura do peixe que teimava em marcar presença, este finalmente foi, timidamente, aparecendo para descanso dos atletas em prova.

Com o aproximar das 15:15, hora estabelecida para término das provas, os atletas regressaram ao ponto de encontro para entregar as etiquetas de prova e registarem junto da FPAS o número de capturas a levar à pesagem. Terminadas as provas, rumou-se em direcção à Marina de Oeiras para se entregarem as capturas para a pesagem e arrumar equipamentos antes do início da pesagem.

Já na Marina de Oeiras e após um enorme convívio entre todos, que os acompanhava desde as primeiras horas da manhã, e uma quente e formidável sopa de peixe que aconchegava os estômagos dos atletas que estiveram privados dos seus habituais horários durante as 5 horas anteriores, deu-se início à pesagem que era seguida atentamente tanto pelos atletas envolvidos, como por uma assistência bem composta que curiosamente acompanhava cada detalhe da mesma, sempre enriquecido com a respectiva explicação da mesa de pesagem.

Enquanto todas as variáveis resultantes da pesagem eram calculadas para gerar os resultados finais, algumas das capturas foram sorteadas para a assistência presente e as restantes doadas a uma instituição de solidariedade. Finalizados todos os cálculos, seguiu-se a atribuição dos pódios do dia e da entrega dos respectivos prémios das competições em disputa, mas antes foi possível ouvir o discurso de António Bessone Bastos, homenageado com a prova Open de Triplas em seu nome, onde mais uma vez se centrou na unidade e no diálogo da comunidade de Pesca Submarina em prol desta modalidade pela qual tem carinho muito especial.

O prémio da captura do maior exemplar do Campeonato Nacional de Triplas 2017 foi atribuído a Tiago Mota, da tripla em nome individual composta por Paulo Silva, Paulo Alves e o próprio, com uma abrótea com 2,105Kg.

De seguida a tabela classificativa do prémio de captura do maior exemplar do Campeonato Nacional de Triplas 2017.

O degrau mais alto do pódio do Open de Triplas – Cidade de Oeiras, António Bessone Bastos, foi ocupado por uma tripla Espanhola, com Ricardo Gonzalez, Elias Menduiña e Jacobo Fernandez.

  1. Ricardo Gonzalez, Elias Menduiña e Jacobo Fernandez de Espanha, com 28 capturas válidas, totalizando 43.800 pontos;
  2. Nuno Gaudêncio, Carlos Lourenço e Carlos Gaspar a título individual, com 15 capturas válidas, totalizando 21.980 pontos;
  3. Miguel Ferreira, Paulo Ferreira e Dárcio Fonseca do clube Pescasub – Salvimar, com 10 capturas válidas, totalizando 21.130 pontos.

De seguida a tabela classificativa do Open de Triplas – Cidade de Oeiras, António Bessone Bastos.

Relativamente ao Campeonato Nacional de Triplas 2017, a tripla vencedora foi do clube Pescasub-Salvimar com Miguel Ferreira, Paulo Ferreira e Dárcio Fonseca.

  1. Miguel Ferreira, Paulo Ferreira e Dárcio Fonseca do clube Pescasub – Salvimar, com 10 capturas válidas, totalizando 21.130 pontos;
  2. Paulo Silva, Paulo Alves e Tiago Mota a título individual, com 10 capturas válidas, totalizando 21.120 pontos;
  3. Gonçalo Sá, Catarina Santos e Arseniy Lavrentyev do clube Estoril Praia – Marisco na Praça, com 5 capturas válidas, totalizando 12.235 pontos.

De seguida a tabela classificativa do Campeonato Nacional de Triplas 2017.

Relativamente ao pódio por equipas, o Estoril Praia – Marisco na Praça é a nova Campeã Nacional na modalidade de triplas.

De seguida a tabela classificativa do Campeonato Nacional de Triplas 2017 por equipas.

Foi desta forma que se encerrou a época competitiva nacional de 2017. Agora é tempo de descanso e começar a planear 2018 que rapidamente chegará, mais desafiante e competitivo para a modalidade, dado que Portugal será anfitrião da próxima edição do Campeonato Mundial de Pesca Submarina.

Imagens: PortugalSub, FPAS

Actualização 11-12-2017:

A FPAS publicou hoje, na sua página oficial, um artigo com os resultados das competições do fim-de-semana aqui reportado pelo PortugalSub e segundo a FPAS, o seu Conselho de Arbitragem detectou um erro na pesagem do Open de Triplas – Cidade de Oeiras, António Bessone Bastos. Esse erro teve implicações directas no pódio reportado anteriormente pelo PortugalSub. Com a situação da pesagem regularizada, o pódio ficou composto da seguinte forma:

  1. Ricardo Gonzalez, Elias Menduiña e Jacobo Fernandez de Espanha, com 28 capturas válidas, totalizando 43.800 pontos;
  2. Miguel Ferreira, Paulo Ferreira e Dárcio Fonseca do clube Pescasub – Salvimar, com 10 capturas válidas, totalizando 21.130 pontos.
  3. Paulo Silva, Paulo Alves e Tiago Mota a título individual, com 10 capturas válidas, totalizando 21.120 pontos;

De seguida a tabela classificativa final do Open de Triplas – Cidade de Oeiras, António Bessone Bastos.

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